sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Sobre (a dor) de virar Borboleta

Esses dias, há mais ou menos dois meses (exatamente quando deixei de postar), uma pessoa me disse que eu estava mudada, virando borboleta. Pensei no mesmo dia em escrever sobre o assunto... imaginei palavras, tinha texto pronto. Mas eis que coisas acontecem! Me enrolei toda e descobri como sair do "casulo" é dolorido!
Eu, logo eu, viajada, estudada, com independencia, não fazia a minima idéia do que realmente é ser borboleta... ou melhor, não sabia o que era essa transição...
Lutei muito para chegar onde cheguei (não me faço de rogada), passei maus bocados. Mas não sabia que tinha mais, e que sempre terá. Costumo dizer que o que o que não têm remédio, remediado está, e que a única coisa que não têm solução é a morte. Esses dois utimos meses têm sido dificeis para mim: tive que tomar decisões sérias, e posições que nunca tinha tomado. Vêm então a dor da alma guardada em toda taurina (e o drama): meus mortos que sinto falta, meus antigos amigos que se afastaram e que também sinto falta, as coisas que acontecem e que quase me dilaceram! hehehe exagero é sempre a alma do negócio...
Sabe quando você passa do primeiro andar para o décimo? e não faz a minima ideia como, ou melhor, sabe, mas foi tudo muito rápido, que você fica um pouco tonta(o)? E dá aquela sensação de que vc está caindo do prédio, apesar de ter subido? É, quase isso... dói... mas é divertido e legal... e a gente cresce...
Frida Kahlo, teve teve poliomielite na infância. Aos 18 anos um ônibus no qual viajava chocou com um trem. O acidente deixou o pé direito esmagado, fraturas na coluna, na pélvis, nos quadris e nas costelas, a perna direita quebrada em doze pontos e, ferida pior: a dor de ter sido impalada por um pedaço de metal. Foi aí que ela começou a pintar... e achavam que ela era surreal! mas ela pintava a dor dela... A dor pode moldar as pessoas... E a dor pode ser boa também... porquê é dela que surgem a alegria, a paz, a tranquilidade.. é apartir dela que podemos falar: Ainda bem que passou...
Olha, sair do casulo é bem dolorido, mas ainda bem que passou... agora é só desamassar as asas (confesso que dói um pouquinho) e ver tudo do alto, bem colorido... hoje mesmo colocarei borboletas de vinil na minha parede! Agora sou gente grande e meu casulo virou casa e é bem colorida! hehe

Um comentário:

Joyce Pfrimer disse...

virar borboleta dói imensamente, mas nada comparada a sensação de ser uma bela borboleta!